O Núcleo Trabalho, Psicanálise e Crítica Social fundado em 20 de Novembro de 2017 pelos professores Ana Magnólia Mendes e Emílio Peres Facas é consequência dos resultados, debate e tensões produzidos pelas pesquisas realizados nos últimos cinco anos no Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho- LPCT, criado em 2007 no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho. Participam do Núcleo professores, pesquisadores, estudantes e profissionais que articulam a psicanálise e a crítica social nos estudos sobre trabalho. Integra diversos projetos de pesquisa teóricos e empíricos, e de práticas profissionais e institucionais.
Uma das linhas do Núcleo é Psicopatologia Clínica do Trabalho, coordenada pela Profa. Ana Magnólia Mendes, (http://lattes.cnpq.br/2763241614261951, www.psto.com.br, anamag@unb.br). Esta linha envolve estudos em nível de Pós-Doutorado, Doutorado, Mestrado e Iniciação Científica, além da formação profissional, estrutura-se nos eixos temáticos:
Escuta Clínica do Trabalho, estudo do sofrimento no trabalho, das psicopatológicas e dos dispositivos da escuta clínica referenciado na teoria e na clínica psicanalítica. Os dados são coletados por meio do atendimento individual e de grupos na Clínica Psicológica da Universidade de Brasília (CAEP) no Projeto Práticas em Clínica do Trabalho. O atendimento realizado por estudantes de Graduação e Pós-Graduação em Psicologia, é destinado a qualquer trabalhador que busque livremente o serviço por se sentirem nas seguintes situações: insatisfação com os modos de organização do seu trabalho, a divisão das tarefas, o excesso de controles e prescrições, a falta de autonomia, a opressão, o estilo de gestão e suas escolhas profissionais; sofrimento pela falta de reconhecimento, de sentido do trabalho, esgotamento emocional (burnout) e estresse, e pelos sentimentos de inutilidade, de aprisionamento, de injustiça e de desânimo; e danos psicossociais relacionados a sobrecarga, violência e assédio moral, estresse pós-traumático, acidente de trabalho, processo de readaptação funcional, transtornos psicossomáticos e psíquicos relacionados ao trabalho.
Trabalho, Prazer-Sofrimento e Processo Saúde-Adoecimento, projeto fomentado pelo CNPq investiga a organização do trabalho e modos de gestão; prazer e sofrimento criativo; sofrimento patogênico; sofrimento ético e político; sujeito, sintomas e (re)significação do sofrimento do trabalho; traumas e sofrimento no trabalho; psicopatologias do trabalho como sobrecarga, normopatia, compulsões, violência psicológica, assédio moral e suicídio; acidente de trabalho e adoecimento mental no trabalho. A coleta de dados é realizada por meio do PROART- Protocolo dos Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho, do IRIS- Escala de Indicadores de Sofrimento Patogênico no Trabalho, análise documental, entrevista individuais e coletivas, sessões de escuta clínica do trabalho e do sofrimento. Para análise de dados são usados ANS- Análise dos Núcleos dos Sentidos e ACT- Análise Clínica do Trabalho.